A tecnologia revolucionou as práticas clínicas e de gestão hospitalar. O avanço no atendimento virtual fez com que novos recursos fossem incorporados à Saúde Digital. E, com a pandemia, práticas inovadoras e que já estavam em andamento foram aceleradas e agora são aceitas com maior naturalidade.
Mas o que virá a partir de agora? Para responder a esta pergunta, tomamos como base o relatório Future of Healthcare Report. Divulgado no ano passado, o estudo foi feito pelo HIMSS Trust, consórcio formado por organizações líderes na área da saúde e com trabalhos em inteligência de mercado e dados. Longe de qualquer exercício de futurologia, preparamos este artigo para que você fique por dentro das principais tendências tecnológicas para os hospitais em 2022. Confira!
1. Tecnologia 5G
Mesmo que o Brasil ainda esteja em um estágio anterior à capacidade máxima, o 5G vai intensificar a relação médico-paciente. Isso porque uma das principais características desta nova geração de internet móvel é a baixa latência (tempo mínimo de resposta entre um aparelho e os servidores). Esse tempo de resposta permitirá que cirurgias feitas de forma remota possam ser mais confiáveis e também tornará a tomada de decisão do médico mais assertiva. Além disso, com o aumento da velocidade de conexão entregue pelo 5G, também haverá crescimento da oferta de soluções em áreas como a robótica médica, por exemplo.
2. Inteligência Artificial e machine learning
A Inteligência Artificial já está causando impacto nos procedimentos da área da Saúde. Porém, ainda há muito espaço e expectativas para um uso em escala ainda maior, em procedimentos como diagnóstico, atendimento, tratamento e reabilitação, por exemplo. Com machine learning será possível que os médicos usem a computação cognitiva para realizar triagem em imagens e apontar anormalidades críticas. Os sistemas cognitivos também ajudam na prevenção e no tratamento de doenças crônicas e na detecção de arritmias cardíacas, por exemplo.
3. Realidade virtual
A aplicação da realidade virtual na área da Saúde resulta de uma combinação com Inteligência Artificial e performance da internet 5G. Por isso, ainda está em um estágio inicial. Seu uso em larga escala pode criar simulações úteis para o aprendizado de estudantes e profissionais, como em cirurgias, por exemplo. Outra aplicação é no processo de diagnóstico e tratamento de dores e crises agudas a partir da criação de um ambiente virtual totalmente controlado, em que será possível simular a fonte geradora da dor.
4. Devices inteligentes
A utilização de dispositivos inteligentes aumenta o poder do uso da Inteligência Artificial, que, assim, teria ainda mais informações sobre o paciente. E com a já citada necessidade de avanço da internet 5G, tudo ganha mais impacto, pois acelera o poder de detecção de diferentes tipos de doenças. Alguns exemplos são aparelhos de eletrocardiograma (ECG) e monitores portáteis de frequência cardíaca. Os pacientes recebem alertas quando chega o momento de repor medicamentos de uso contínuo ou agendam consultas, por exemplo, e isso é utilizado para coletar diferentes tipos de dados em tempo real.
5. Omnichannel
Palavra formada pela junção do prefixo “omni” (do Latim para “tudo” e “inteiro”) com “channel”, é uma estratégia desenhada a partir do uso conjunto de diferentes canais de comunicação. O objetivo é unir o digital e o offline para melhorar a experiência do cliente. Segundo uma pesquisa da McKinsey, realizada com 7,5 mil consumidores em seis países, 79% demonstram preocupação com o próprio bem-estar. Então, atuar em múltiplos canais é uma oportunidade para aproveitar um mercado em crescimento, conquistar a confiança dos pacientes e, principalmente, contribuir para melhorar a saúde das pessoas.
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Diandro Marinho Mota é Diretor Médico da Neomed. Cardiologista pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC). Obteve o Título de Especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (2012), Título de Especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (2013) e Certificado de Atuação na Área de Ecocardiografia pelo Departamento de Imagem Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2014). Atualmente é doutorando em cardiologia pelo Programa USP/IDPC.
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