Sintomas de Infarto em mulheres: você sabe quais são?

Mais mortal do que o câncer de mama e o câncer de útero, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) faz uma vítima a cada 11 minutos no Brasil. Em 2021, 42.840 mulheres morreram acometidas por este evento. Um dos principais agravantes quando falamos neste tema são os sinais: você sabia que os sintomas de infarto em mulheres podem ser diferentes dos habituais?

A Neomed e a AmorSaúde conversaram com o Dr. Alexandre Pimenta, Diretor Técnico Nacional da Amor Saúde, e com a Dra. Giovana Daher, cardiologista da Neomed, para entender quais os agravantes e os cuidados que as mulheres devem ter quando o assunto é infarto.

O infarto

As doenças cardiovasculares foram as principais causas de morte entre homens e mulheres em todo o mundo nos últimos 20 anos. A Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que, até o final do ano de 2022, cerca de 400 mil brasileiros morrerão por doenças do coração. E, só em 2021, 101.207 pessoas morreram por infarto. Mas, afinal, o que é o infarto?

O que é o infarto

“Infarto é a denominação de todo evento que gere obstrução de fluxo sanguíneo arterial até

um determinado tecido”, explica o Dr. Alexandre Pimenta. O médico diz ainda que o Infarto do Miocárdio (tecido do coração) é o tipo de infarto mais divulgado, mas que existem outros tipos, como Infarto do Encéfalo, denominado como AVE (Acidente Vascular Encefálico) e Infarto do Intestino (isquemia mesentérica), por exemplo.

A respeito do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), o médico explica: “a ausência de fluxo sanguíneo gera falência da função deste tecido e, portanto, a interrupção do funcionamento adequado do órgão, tendo como consequência mais grave o óbito do paciente acometido por esse episódio”.

O infarto e as mulheres

Como dito anteriormente, o infarto mata mais mulheres no mundo do que o câncer de mama e de útero. Isso se deve a fatores sociais, biológicos e também aos sintomas do infarto em mulheres, que podem ser diferentes dos habituais.

Fatores sociais

“As doenças cardiovasculares nas mulheres muitas vezes são negligenciadas porque elas se preocupam mais com suas famílias do que consigo próprias. Isso é um grande problema, porque pode prejudicar a rapidez na procura por ajuda e no diagnóstico”, afirma a cardiologista Giovana Daher, da Neomed. É importante lembrar que, quando falamos de coração, o tempo é fundamental para o bom desfecho clínico.

O estresse também é um fator que deve ser levado em consideração. “Os hormônios do estresse circulantes, como a adrenalina e a noradrenalina, são responsáveis por vasoconstrição e aumento da demanda cardíaca, podendo, portanto, aumentar a chance de eventos isquêmicos”, afirma Dr. Alexandre.

Fatores biológicos

Além dos fatores sociais, é importante lembrarmos da fisiologia feminina: as artérias coronárias, que são responsáveis por irrigar o coração, podem ser até 15% mais estreitas do que as artérias masculinas. O coração das mulheres também pode bater até 10 vezes mais rápido do que o dos homens, fatos que fazem com que as mulheres fiquem mais suscetíveis aos problemas cardiovasculares.

Dr. Alexandre aborda também as questões hormonais: “até período da menopausa, as mulheres apresentam uma proteção cardiovascular pelos hormônios estrogênio e progesterona, que, no período pós-menopausa são reduzidos, sendo, portanto, necessário aumento da atenção à saúde nessa fase da vida”.

Sintomas de Infarto em Mulheres

Por último, não podemos esquecer dos sintomas de infarto em mulheres. Além dos sintomas comuns, que podem incluir dor no peito que irradia para braços e ombros, falta de ar, ansiedade e tontura, um agravante no caso das mulheres são os sintomas atípicos.

“As mulheres podem ser acometidas por alguns sintomas não tão comuns, como náuseas, dor de estômago, dor mandibular e sensação de cabeça vazia, o que dificulta o diagnóstico e a procura por atendimento médico”, afirma a cardiologista Giovana Daher, da Neomed.

Outros fatores de risco

“É importante destacarmos que hábitos como tabagismo, etilismo (consumo excessivo de bebidas alcoólicas), obesidade, sedentarismo, hábitos alimentares não saudáveis, estresse e insônia são alguns dos fatores de risco para o infarto”, esclarece o Dr. Alexandre Pimenta.

Cuidados e prevenção

Quando o assunto é saúde cardiovascular, a prevenção é o melhor remédio: boa alimentação, exercícios físicos regulares, ingestão de, no mínimo, 2 litros de água por dia, além de uma vida equilibrada em todos os sentidos – tanto física, quanto emocionalmente. Além disso, é importante ressaltar que o álcool e o tabagismo são prejudiciais ao seu coração.

Quando ir ao cardiologista?

Manter uma rotina de cuidados, com visitas regulares ao médico e exames de checagem é fundamental para todas as áreas da sua saúde. Mas, se você tem dúvidas sobre quando visitar um cardiologista, confira algumas dicas:

  • Se você possui histórico de doenças cardiovasculares na família, o ideal é que mantenha consultas de rotina com um cardiologista de sua confiança;
  • Caso apresente algum sintoma ou desconforto, não hesite em procurar um médico;
  • Para os homens, recomenda-se que procure um cardiologista a partir dos 35 anos;
  • Para as mulheres que não apresentam nenhum sintoma atípico, recomenda-se que façam consultas regulares a partir da menopausa.

Mas lembre-se: não existe idade certa para cuidar do seu coração. Comece hoje!

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