Como implementar um Time de Resposta Rápida (TRR) em seu hospital

Time de Resposta Rápida

Você sabe o que é um Time de Resposta Rápida? Responsável por tomar atitudes imediatas para estabilizar pacientes em situações críticas, o TRR, como é chamado, é fundamental para o bom funcionamento de um pronto-socorro. 

Neste post, conversamos com o cardiologista Hugo Ramadan, coordenador médico do pronto-socorro do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, que nos deu mais detalhes sobre esse time. Confira:

O que é um Time de Resposta Rápida (TRR)?

Um Time de Resposta Rápida é constituído por um grupo interdisciplinar especializado em lidar com casos clínicos urgentes. Geralmente formada por médicos e enfermeiros, essa equipe é responsável por avaliar, tratar e agir em casos de parada cardíaca ou deterioração clínica aguda dos pacientes, que podem ser:

  • Mudanças nos sinais vitais, como pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura;
  • Níveis de oxigênio insuficientes no sangue;
  • Alterações nos níveis de consciência, como sonolência, confusão ou agitação;
  • Dificuldade respiratória, como respiração rápida, superficial ou ofegante;
  • Dor aguda e intensa;
  • Sangramento ou hemorragia;
  • Hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue) ou hiperglicemia (alto nível de açúcar no sangue);
  • Qualquer outra mudança súbita ou significativa no estado do paciente.

Segundo o Dr. Hugo Ramadan, “o Time de Resposta Rápida é treinado para reconhecer sinais precoces de deterioração, como mudanças nos sinais vitais, níveis de consciência ou sintomas respiratórios, e tomar medidas imediatas para estabilizar o paciente”. Entre as atitudes imediatas tomadas pelo time, encontram-se a administração de medicamentos, intervenções respiratórias ou a transferência do paciente para a UTI, caso necessário.

Quais são os objetivos e metas do Time de Resposta Rápida?

Os objetivos de um Time de Resposta Rápida incluem o aprimoramento da qualidade no atendimento médico, a promoção da redução de custos e um atendimento mais ágil para os pacientes que precisam de cuidados emergenciais.

Para o cardiologista Hugo Ramadan, as principais metas do TRR são:

  • Identificar precocemente pacientes em risco de deterioração clínica e intervir antes que a situação se agrave;
  • Reduzir a taxa de parada cardíaca em pacientes hospitalizados;
  • Reduzir a taxa de mortalidade hospitalar;
  • Melhorar a comunicação entre as equipes de saúde de distintos setores hospitalares.

Além disso, podemos incluir, entre os objetivos, o diagnóstico preciso em um menor espaço 

de tempo e a preservação da segurança física e bem-estar dos pacientes. São inúmeros os benefícios em contar com um TRR em seu hospital: além de melhorar os níveis da qualidade no atendimento em um hospital, o trabalho desse time aumenta a segurança dos pacientes, reduz os custos hospitalares e melhora a satisfação do paciente e dos profissionais de saúde.

Como montar um Time de Resposta Rápida em meu hospital?

Segundo o Dr. Hugo, para montar uma equipe para o TRR, é necessário:

  1. Definir uma equipe, composta por profissionais de saúde treinados e experientes em cuidados críticos, como médicos e enfermeiros. Na equipe também pode-se incluir fisioterapeutas, farmacêuticos e outros profissionais de saúde, dependendo das necessidades do hospital;
  2. Estabelecer um protocolo com critérios de acionamento, papéis e responsabilidades da equipe, equipamentos e medicamentos necessários, entre outros aspectos;
  3. Treinamento de todos os membros da equipe de acordo com o protocolo estabelecido;
  4. Uma vez implementado é necessário monitorar e avaliar o desempenho regularmente.

Como a tecnologia pode auxiliar na atuação do Time de Resposta Rápida?

A tecnologia está cada vez mais presente no dia a dia dos hospitais e instituições de saúde. Quando falamos de Times de Resposta Rápida, a tecnologia pode ser uma ferramenta essencial para ajudar as equipes a agir com rapidez e eficácia durante uma crise ou emergência.

Confira alguns exemplos do uso da tecnologia citados pelo Dr. Hugo Ramadan:

  • Monitoramento remoto: a tecnologia pode ser usada para monitorar pacientes remotamente, permitindo que a equipe do TRR possa identificar rapidamente sinais de deterioração clínica aguda e agir antes que a situação se torne crítica. Por exemplo, sensores vestíveis podem ser usados para monitorar a frequência cardíaca, respiratória e outras funções vitais em tempo real;
  • Alertas automáticos: podem ser gerados em caso de deterioração clínica aguda;
  • Comunicação integrada: a comunicação entre a equipe do TRR e outros profissionais de saúde do hospital permite uma resposta mais rápida e eficaz em casos de emergência. Por exemplo, sistemas de mensagens instantâneas podem ser usados para enviar alertas e comunicações em tempo real;
  • Prontuários eletrônicos (PEPs): podem ser usados para acessar rapidamente informações sobre o histórico médico do paciente, incluindo alergias a medicamentos, histórico de doenças e medicamentos em uso. Isso pode ajudar a equipe do TRR a tomar decisões mais informadas e seguras em casos de emergência;
  • Telemedicina: pode ser usada para permitir que a equipe do TRR avalie rapidamente pacientes em diferentes partes do hospital ou até mesmo de outros locais remotamente, permitindo uma resposta ainda mais rápida em casos de emergência.

A Telemedicina como facilitadora no diagnóstico

Como dito acima, a telemedicina possui um papel muito importante para diagnósticos mais rápidos. É o caso do Kardia, da Neomed: um software voltado para hospitais e prontos-socorros que, com auxílio de telemedicina e inteligência artificial, tria ECGs em até 50 segundos e entrega à equipe de profissionais de saúde, laudos realizados por especialistas em até 10 minutos.

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Girlane Lovato é farmacêutica graduada pela Universidade Federal do Pará. Possui MBA em Marketing e Vendas e Formação Complementar em Empreendedorismo e Gestão de Contas-Chave. É Gerente de Operações da Neomed, onde lidera as equipes de onboarding e customer success.

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Amanda Bonamini é psicóloga formada pela Universidade Paulista (UNIP), especialista em Gente, Cultura & Desenvolvimento, com mais de oito anos de experiência. Atuou em consultorias e também contribuiu para o crescimento de startups. Na Neomed, é responsável pela área de Pessoas, com foco em cultura organizacional, performance e engajamento.

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Bruno Farias é pós-graduado em Estudos Gerais de Negócios com Concentração em Marketing na UCLA (EUA) e atua na área de tecnologia há mais de dez anos. Atuou também na T-Systems em Business Operations, e na Keyrus, em um projeto da multinacional AB-Inbev. Foi também gerente de Produto da Movile e criador da plataforma omnichannel Wavy.

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Gustavo Kuster é doutor em Neurologia pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Neurologista pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (EPM) e membro do Conselho da ABTMS, também realiza consultoria especializada em Neurologia e Inovação (Medscape) e é especialista em Conselho Consultivo na Allm Inc (startup japonesa de saúde).