Embora o fator determinante para desenvolver doenças cardíacas também esteja associado a um estilo de vida saudável ou não — para além do histórico familiar e/ou hereditário, claro —, existem alterações que independem desses fatores, por exemplo, o bloqueio de ramo direito (BRD).
Essa é uma alteração na condução elétrica do coração, que pode acometer pessoas que não têm nenhuma doença cardiovascular. Entretanto, podem ter alguma doença oculta, por isso, é sempre importante investigar.
Acompanhe neste artigo todas as informações necessárias sobre bloqueio de ramo direito.
O que é o bloqueio de ramo direito?
O bloqueio do ramo direito pode ser entendido como a falta de condução do impulso elétrico que passa pelo lado direito do coração. Mesmo sendo uma alteração bastante comum, inclusive em pessoas que não têm nenhuma condição cardíaca, é necessário investigar, pois pode ser um indício de lesão.
O coração bombeia sangue pelo corpo por meio de impulsos elétricos que se iniciam no nó sinoatrial, o “marcapasso natural”, localizado no átrio direito. Esses impulsos seguem para o nó atrioventricular e depois pelos feixes de His e ramos, coordenando a contração dos ventrículos e garantindo o fluxo sanguíneo adequado.
Quando há um bloqueio no ramo direito, significa que o impulso elétrico, que deveria percorrer o ventrículo direito, sofre um atraso ou interrupção, o que pode ser observado no exame de eletrocardiograma (ECG), por uma alteração típica no complexo QRS.
Apesar do nome soar algo grave, na maioria dos casos é simples de ser tratado, principalmente se não houver nenhum sintoma.
Por mais que tenham níveis para interpretação, ainda não é considerada uma intercorrência grave. Porém, é interessante saber o grau em que se encontra o bloqueio de ramo direito para que o cardiologista possa definir os próximos passos, seja investigar uma doença mais séria ou iniciar um tratamento.
Quais são as possíveis causas?
Algumas doenças cardiovasculares podem ser a causa para surgir o BRD. Algumas pessoas de fato não sabem que podem ter alguma condição e acabam descobrindo após o médico identificar a alteração nos impulsos elétricos, por exemplo.
Confira a seguir as enfermidades mais comuns para desencadear o bloqueio de ramo direito:
- doenças cardíacas isquêmicas — podem prejudicar o fluxo sanguíneo para o coração, danificando a estrutura e funcionalidade dos ramos de condução;
- hipertensão — pressão arterial elevada pode fazer com que o coração trabalhe mais, resultando em alterações na condução elétrica;
- cardiomiopatias — doenças que afetam diretamente o músculo cardíaco podem resultar em bloqueio de ramo direito;
- doença pulmonar crônica (DPOC) — condições como a DPOC podem impactar a circulação pulmonar;
- doença de Chagas — afeta silenciosamente o coração, sendo uma das principais causas de BRD.
Embora muitas vezes o BRD não cause sintomas, ele pode ser um sinal de alerta para doenças cardiovasculares ocultas.
Em alguns casos, os pacientes podem relatar sintomas como tontura, falta de ar ou palpitações, também presentes nas enfermidades cardíacas.
Como diagnosticar o BRD e quais são suas formas de tratamento?
O diagnóstico do bloqueio de ramo direito é feito por meio do eletrocardiograma (ECG), exame que identifica a atividade elétrica do coração e gera um gráfico com o padrão das ondas cardíacas.
No caso de um BRD, o ECG vai mostrar uma alteração característica no complexo QRS que, geralmente, tem uma duração maior que 120ms, indicando o atraso na ativação do ventrículo direito.
Se o bloqueio de ramo direito for detectado em um paciente assintomático e sem histórico de doença cardíaca, o cardiologista pode optar por não realizar nenhum tratamento específico, apenas monitorando o paciente em consultas de rotina.
No entanto, se o BRD estiver associado a outras condições cardíacas, o tratamento será direcionado para a doença específica. Em casos de cardiomiopatia ou insuficiência cardíaca, por exemplo, podem ser necessários medicamentos para controle da pressão arterial, da frequência cardíaca e do volume de líquido no corpo.
Em algumas situações consideradas mais graves, o médico especialista pode optar por utilizar dispositivos como o marcapasso e desfibriladores implantáveis.
Quais são os cuidados para prevenir o bloqueio de ramo direito?
O BRD é uma alteração que pode ocorrer independentemente se o paciente tem ou não alguma doença cardíaca. Entretanto, as recomendações são as mesmas para outros outros problemas de saúde.
Segundo a OMS, 80% dos casos de morte relacionados às doenças cardiovasculares, poderiam ser evitados com simples mudanças na rotina, justamente por grande parte não ser decorrente de causas congênitas.
Nesse sentido, o estilo de vida saudável, que inclui alimentação balanceada, prática regular de exercícios e o controle de fatores de risco como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, são essenciais para a saúde cardíaca em geral.
Além disso, o acompanhamento médico regular é fundamental para monitorar a progressão do bloqueio de ramo direito e qualquer complicação associada.
Consultas periódicas com um cardiologista, bem como a realização de exames de rotina como o ECG, são importantes para garantir que o coração esteja funcionando adequadamente.
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