Fibrilação atrial: refrigerantes aumentam o risco

refrigerante e fibrilação atrial

A arritmia mais frequente na prática clínica é conhecida como fibrilação atrial e acontece quando as câmaras superiores do coração, chamadas de átrios, tremem ou fibrilam, ao invés de bater de forma coordenada.

Fibrilação Atrial na população

A prevalência mundial da fibrilação atrial é de 37.574 milhões de casos, representando 0,51% da população mundial, número que aumentou em 33% nos últimos 20 anos. No Brasil, a estimativa é que a doença atinja 1,8% da população², e a tendência é que aumente em 45% nos próximos 30 anos³. É possível, entretanto, que estes números sejam subestimados pois, segundo o documento II Diretrizes Brasileiras de Fibrilação Atrial, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, cerca de 10% a 25% dos casos não provocam sintomas.

Fatores de risco

Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, encontram-se:

  • Idade – especialmente pessoas acima dos 65 anos
  • Hipertensão
  • Obesidade
  • Consumo de bebida alcoólica
  • Fatores genéticos
  • Diabetes

Refrigerantes: consumo e o risco de FA

Um estudo publicado na revista científica “Circulation: Arrhythmia and Electrophysiology”, da American Heart Association (AHA) afirmou que o consumo de bebidas adoçadas artificialmente pode estar relacionado com o risco aumentado de desenvolver este tipo de arritmia cardíaca.

O estudo analisou dados de mais de 200 mil adultos, entre 37 e 73 anos, disponíveis em um banco de dados britânico por cerca de 10 anos. Dentre as 9.362 pessoas que desenvolveram fibrilação atrial no período, verificou-se um risco aumentado entre as pessoas que consumiam bebidas açucaradas.

Segundo o estudo, as pessoas que consumiam mais de dois litros de bebidas adoçadas artificialmente por semana (cerca de 350ml por dia), como refrigerantes zero açúcar, por exemplo, apresentavam um risco 20% maior de desenvolver a arritmia em comparação com pessoas que consumiam quantidades menores das bebidas.

Para pessoas que bebiam quantidades semelhantes de bebidas adoçadas com açúcar, como os refrigerantes comuns, o risco caiu pela metade: 10% de chances de desenvolver a doença já que, segundo o estudo, o alto consumo de bebidas adoçadas com sucralose, aspartame, sacarina e acessulfame foi associado a um maior risco de F.A.

Pessoas que optavam por sucos naturais puros, como o de laranja ou outras frutas e vegetais, sem adição de açúcar, podem estar associados a uma redução de 8% no risco de fibrilação atrial. 

Como a Inteligência Artificial ajuda a identificar casos de F.A.

A Fibrilação Atrial está associada a maiores riscos de AVC (acidente vascular cerebral) ou insuficiência cardíaca. Como dito acima, é uma doença silenciosa que muitas vezes não apresenta sintomas. Por esse motivo, diagnosticar a Fibrilação Atrial auxilia num desfecho positivo do paciente, possibilitando um tratamento adequado.

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¹ Barroso WKS, Barbosa ECD, Feitosa ADM (coord). Fibrilação atrial: Fatores de risco, manejo e complicações. São Paulo: SIIC Brasil; 2021.

² Marcolino MS, Palhares DM, Benjamin EJ, Ribeiro AL. Atrial fibrillation: prevalence in a large database of primary care patients in Brazil. Europace. 2015;17(12):1787-90.

³ Chugh S, Havmoeller R, Narayanan K et al. Worldwide Epidemiology of Atrial Fibrillation. Circulation. 2014;129(8):837-847. doi:10.1161/circulationaha.113.005119

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