Interoperabilidade na Saúde: a chave para sistemas de informação integrados e eficientes

O ambiente hospitalar é complexo e dinâmico, envolvendo múltiplos profissionais, processos e informações que mudam constantemente. Nesse cenário, a interoperabilidade na saúde surge como um elemento central para garantir que todos os dados clínicos, laboratoriais e administrativos estejam disponíveis de forma integrada, rápida e segura. Isto é fundamental para que os Sistemas de Informação da Saúde (SIS) cumpram seu papel de apoiar os cuidados ao paciente com qualidade e eficiência.

O que é interoperabilidade na saúde?

Interoperabilidade é a capacidade que diferentes sistemas, aplicativos e dispositivos possuem para se comunicarem, trocarem e utilizarem dados de forma integrada e segura. No contexto da saúde, permite que informações provenientes de prontuários eletrônicos, exames, dispositivos médicos e outros softwares se unifiquem numa plataforma única, disponibilizando para todos os profissionais envolvidos uma visão completa e atualizada do paciente.

Essa integração é essencial para a medicina moderna, que se orienta cada vez mais para um tratamento preventivo e personalizado, onde a correta interpretação dos dados clínicos torna-se decisiva para melhores resultados.

Por que a interoperabilidade é tão importante para os SIS?

Os Sistemas de Informação da Saúde acumulam volumes enormes de dados, porém frequentemente estão organizados em “ilhas de informação” que não conversam entre si. A interoperabilidade elimina essas barreiras ao:

  • Possibilitar uma visão holística do histórico médico do paciente, integrando dados clínicos, exames e tratamentos;
  • Facilitar a automação dos processos hospitalares, com alertas e notificações que aumentam a segurança;
  • Melhorar a colaboração entre equipes multidisciplinares e setores;
  • Reduzir erros médicos decorrentes da falta de comunicação;
  • Contribuir para uma melhor gestão dos recursos, diminuindo gastos com exames e terapias duplicadas;
  • Garantir a conformidade com normas como a LGPD e os padrões internacionais de segurança da informação (ISO 27001).

Esses ganhos promovem mais agilidade e qualidade no atendimento, além de tornam os processos hospitalares mais fluídos e sustentáveis.

Benefícios práticos da interoperabilidade

Entre os principais benefícios da interoperabilidade aplicados aos SIS estão:

  • Mais agilidade e integração entre setores e profissionais;
  • Dados clínicos mais precisos e completos para decisões acertadas;
  • Redução de retrabalho e burocracias desnecessárias;
  • Ampliação da capacidade de monitoramento remoto e telemedicina;
  • Maior eficiência nas tarefas clínicas e administrativas;
  • Sustentabilidade ao fomentar ambientes sem papel (paperless).

Desafios para a implementação

Apesar dos benefícios, implementar a interoperabilidade enfrenta desafios importantes:

  • Padronização dos termos e vocabulário médico para que os sistemas “falem a mesma língua”;
  • Compatibilidade entre sistemas legados e novas tecnologias;
  • Garantia da segurança e privacidade dos dados conforme a LGPD;
  • Investimento em infraestrutura tecnológica robusta, como edge computing, para garantir alta disponibilidade;
  • Capacitação contínua dos profissionais da saúde e da TI para gerir e usar os sistemas integrados.

Esses obstáculos demandam planejamento estratégico e colaboração entre gestores, equipes de TI e fornecedores de tecnologia.

Tecnologias e padrões recomendados

A adoção de padrões internacionais como o FHIR (Fast Healthcare Interoperability Resources) é decisiva para a viabilização da interoperabilidade. O FHIR possibilita a integração via APIs abertas, facilitando a troca de dados e suporte a múltiplos formatos e dispositivos, acelerando a conexão entre sistemas e dispositivos médicos.

Além do FHIR, são utilizados outros padrões como HL7, DICOM e normativas de segurança ISO 27001.

Passo a passo para alcançar a interoperabilidade

  1. Envolver-se nos processos e padrões nacionais (e-PING) e internacionais;
  2. Incentivar parceiros e fornecedores a adotarem padrões compatíveis;
  3. Padronizar sistemas internos para facilitar o gerenciamento dos dados;
  4. Utilizar APIs abertas para integrar sistemas internos e externos;
  5. Atualizar sistemas legados estrategicamente;
  6. Investir em infraestrutura de edge computing para garantir resiliência e disponibilidade.

Como a Neomed apoia essa transformação

A Neomed une Inteligência Artificial e a expertise de cardiologistas para transformar o cuidado cardiovascular, entregando laudos rápidos, dados estruturados e uma linha de cuidado digital eficiente. Nossas plataformas digitais simples e intuitivas otimizam processos em hospitais e clínicas, promovendo um fluxo de trabalho integrado e eficiente, essencial para alcançar a interoperabilidade nos Sistemas de Informação da Saúde.

Octopus: tecnologia que integra e agiliza

A plataforma Octopus centraliza todos os exames de métodos gráficos em um único ambiente. Isso permite que gestores, médicos e equipes assistenciais acompanhem o paciente em tempo real, recebam alertas customizáveis para casos críticos e tenham à disposição inteligência preditiva para decisões clínicas mais assertivas. O sistema conta ainda com APIs abertas para integração com os principais sistemas do mercado (PEPs, PACs e HIS), garantindo interoperabilidade total, com segurança e criptografia ponta a ponta.

Kardia: inovação na cardiologia digital

O Kardia revoluciona o diagnóstico com o uso de Inteligência Artificial, detectando rapidamente doenças cardíacas como Fibrilação Atrial e Infarto Agudo do Miocárdio. Com laudos entregues em até 10 minutos e dados estruturados, o Kardia otimiza os fluxos do hospital, amplia a receita e eleva a qualidade do cuidado ao paciente, integrando-se perfeitamente aos Sistemas de Informação da Saúde da instituição.

Foco no paciente e na excelência do serviço

Na Neomed, o paciente está no centro de todas as decisões. Por isso, investimos na contratação de profissionais especializados e comprometidos em garantir diagnósticos ágeis e corretos. Além disso, oferecemos suporte para uma jornada tranquila na implementação das soluções, capacitando as equipes e proporcionando segurança, agilidade e eficácia em toda a jornada da interoperabilidade.

Transformação digital que gera resultados

Com as soluções Neomed, sua instituição pode transformar dados e laudos em informações úteis e acessíveis, promovendo a segurança, eficiência e qualidade na entrega dos cuidados em saúde. Assim, facilitamos o caminho para que clínicas e hospitais alcancem a interoperabilidade plena, liderando a inovação em saúde digital. 


Referências: 

RIBEIRO, Lucas Felipe da Silva. Interoperabilidade nos Sistemas de Informação de Saúde – das convicções à realidade. Mestrado de Informática Médica Faculdade de Ciências | Faculdade de Medicina, Universidade do Porto. 2010

ANDRADE NETO, Jorge Aguiar de. Os desafios da interoperabilidade em operadoras de medicina de grupo, nas percepções dos médicos assistentes, gestores de unidade de atendimento assistencial e gestores de TI. Dissertação (MPGC) – Escola de Administração de Empresas de São Paulo. 2018

Siqueira, O. M. P., Oliveira, R. A. N. de, Oliveira, A. A. de. INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE COM A UTILIZAÇÃO DE SERVICE ORIENTED ARCHITECTURE (SOA). JISTEM Brasil. 2016

MORENO, Ramon Alfredo. Interoperabilidade de Sistemas de Informação em Saúde. J. Health Inform. 2016.

AMOM, Mitzi L. 6 passos para a Saúde alcançar a interoperabilidade. Medicina S/A. 2019

InterSystems. Interoperabilidade no setor da saúde: a chave para melhorar os cuidados prestados aos pacientes.
https://www.intersystems.com/br/resources/interoperabilidade-no-setor-da-saude-a-chave-para-melhorar-os-cuidados-prestados-aos-pacientes/

Futuro da Saúde. Interoperabilidade na saúde: o que é, benefícios e desafios.
https://futurodasaude.com.br/interoperabilidade/

Journal of Health Informatics (JHI). Avanços e desafios da interoperabilidade no Sistema Único de Saúde (SUS).
https://jhi.sbis.org.br/index.php/jhi-sbis/1720251112

Epimed Solutions. LGPD na interoperabilidade entre sistemas hospitalares.
https://www.epimedsolutions.com/material_educativo/lgpd-na-interoperabilidade/

Ministério da Saúde – DATASUS. Modelo Padrão de Dados (MAD).
https://datasus.saude.gov.br/modelo-padrao-de-dados-mad/

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Girlane Lovato – Gerente de CS/Operações

Girlane Lovato é farmacêutica graduada pela Universidade Federal do Pará. Possui MBA em Marketing e Vendas e Formação Complementar em Empreendedorismo e Gestão de Contas-Chave. É Gerente de Operações da Neomed, onde lidera as equipes de onboarding e customer success.

Amanda Bonamini – Recursos Humanos

Amanda Bonamini é psicóloga formada pela Universidade Paulista (UNIP), especialista em Gente, Cultura & Desenvolvimento, com mais de oito anos de experiência. Atuou em consultorias e também contribuiu para o crescimento de startups. Na Neomed, é responsável pela área de Pessoas, com foco em cultura organizacional, performance e engajamento.

José Henrique Lopes – CTO

José Lopes é Mestre em Gestão de Informática. Como Engenheiro, atuou no Nordeste Bank, onde implementou o framework Ágil. Também trabalhou na startup Tempo Telecom e criou a primeira MVNO (Mobile Virtual Network Operator) na região Centro-Oeste do Brasil. Na Neomod, é responsável pelo desenvolvimento de produtos, infraestrutura e segurança de dados.

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Bruno Farias é pós-graduado em Estudos Gerais de Negócios com Concentração em Marketing na UCLA (EUA) e atua na área de tecnologia há mais de dez anos. Atuou também na T-Systems em Business Operations, e na Keyrus, em um projeto da multinacional AB-Inbev. Foi também gerente de Produto da Movile e criador da plataforma omnichannel Wavy.

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Izabelle Ferreira é pós-graduada em Gestão Financeira. Como contadora, atuou na Amaggi, um dos maiores grupos de trading de Commodities da América Latina. Implementou e gerenciou toda a gestão de Risco Financeiro, indexando os negócios com a Bolsa de Chicago. Na Neomed, é responsável por toda a área financeira.

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Gustavo Kuster é doutor em Neurologia pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Neurologista pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (EPM) e membro do Conselho da ABTMS, também realiza consultoria especializada em Neurologia e Inovação (Medscape) e é especialista em Conselho Consultivo na Allm Inc (startup japonesa de saúde).