Considerado de grande utilidade clínica, o eletrocardiograma (ECG) é uma ferramenta básica para diversos profissionais da área da saúde, é de fácil realização e apresenta baixo custo.
Utilizado de forma sistemática desde os anos 1940, ainda no início foram observadas algumas dificuldades de padronização no resultado de eletrocardiograma, causadas sobretudo por variações entre leituras e também por diferentes observadores.
A progressiva complexidade e o aumento dos custos trouxeram a necessidade da aplicação de tecnologias para que o resultado de eletrocardiograma pudesse ser cada vez mais preciso e rápido e também melhorasse a relação custo x efetividade.
A Inteligência Artificial e o ECG
Com o avanço da Inteligência Artificial para diagnósticos relacionados a alterações cardiovasculares, vieram novas possibilidades e também o desenvolvimento de técnicas de leitura cada vez mais apuradas. Veja, abaixo, como a Inteligência Artificial auxilia nesse processo:
- Pré-laudo
A Inteligência Artificial é uma excelente aliada para os médicos que laudam os exames. Isso porque a Mariê, Inteligência Artificial da Neomed, realiza a triagem dos exames em até 13 segundos, separando-os em normais, anormais ou críticos e informando aos profissionais a probabilidade de um ECG apresentar Fibrilação Atrial.
O gráfico acima mostra a representação dos itens verificados no ECG. Ao fazer a pré-análise de um ECG, a Inteligência Artificial preenche uma tabela com esses cinco parâmetros acima e, ao lado de cada um deles, atribui uma porcentagem, que significa a probabilidade do parâmetro apresentar alteração.
Como funciona na prática?
Se o paciente estiver com o ritmo cardíaco fora da normalidade, a Inteligência Artificial mostrará uma porcentagem alta ao lado do parâmetro “ritmo”, indicando a alteração. Essa análise se dá por meio da comparação de milhares de ECGs analisados pela IA, que apresentaram um ritmo normal e, nesse caso, ela consegue indicar que o ritmo está diferente em comparação aos outros.
É importante ressaltar que em cada um dos itens verificados no ECG são conferidos parâmetros nas ondas do exame. De posse da informação obtida a partir da leitura destes dados, são feitas relações para saber se o paciente tem alguma anomalia.
Inteligência Artificial melhora a análise de resultado de eletrocardiograma
No gráfico mostrado na figura anterior, a ativação atrial aparece com 41%. Isso significa que há 41% de chances de ter alguma não conformidade na onda P (uma das ondas do ECG) em alguma das 12 derivações. A partir desta informação, o médico conta com mais elementos para decidir se realmente há um problema ou não.
O papel do cardiologista
A imagem gerada pelo Kardia serve como suporte diagnóstico para a equipe de cardiologistas da Neomed ou do próprio hospital que irão analisar o exame e emitir o laudo. A equipe médica da Neomed emite o laudo em no máximo cinco minutos, em casos de exame considerados críticos. Vale destacar também que a Inteligência Artificial serve como apoio diagnóstico. O laudo é sempre analisado e emitido pelo médico.
Como vimos, a adoção da Inteligência Artificial traz inúmeras contribuições para a área da saúde, sendo um grande auxílio para ampliar e agilizar a capacidade de atendimento de pacientes e atuar na prevenção e tratamento de doenças. Em relação ao resultado de eletrocardiograma, a IA auxilia na leitura e otimiza processos, dando mais segurança para o médico cardiologista.
Com o Kardia, da Neomed, é possível interpretar os ECGs e apontar as anormalidades, de acordo com a diretriz brasileira de cardiologia. A pré-avaliação é feita em 13 segundos e o laudo liberado em até 5 minutos, em casos de ECGs críticos. Para os casos normais, a liberação do laudo por um médico cardiologista é feita em até 10 minutos.
Diandro Marinho Mota é Diretor Médico da Neomed. Cardiologista pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC). Obteve o Título de Especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (2012), Título de Especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (2013) e Certificado de Atuação na Área de Ecocardiografia pelo Departamento de Imagem Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2014). Atualmente é doutorando em cardiologia pelo Programa USP/IDPC.
CRM SP 136.651