A tecnologia proporciona mudanças e soluções inovadoras no mundo todo e na saúde não seria diferente. Principalmente com o desenvolvimento de tecnologias 4.0 e o sucesso da telemedicina.
Definida como a prestação de serviços de saúde por meio de produtos digitais, a telemedicina rompe as barreiras físicas e encurta a distância entre os sintomas e o tratamento.
Dentre as diversas possibilidades da telemedicina, está o telelaudo, uma abordagem que permite aos profissionais de saúde avaliar, diagnosticar e tratar pacientes à distância usando a tecnologia de telecomunicações. Na prática, as instituições de saúde se conectam a sistemas, com médicos especialistas de outras localidades, para fazer a interpretação de exames de imagem, como o eletrocardiograma, por exemplo.
Para que os benefícios do telelaudo sejam obtidos, é necessário contar com um bom sistema de telemedicina.
Pensando nisso, preparamos este conteúdo, que abordará três fatores necessários para garantir a qualidade do sistema. Para saber mais sobre cada um deles, basta acompanhar o artigo até o final.
Boa leitura!
OS FATORES
Os sistemas de telemedicina passaram por uma evolução notável na última década e estão se tornando uma parte cada vez mais importante da infraestrutura de saúde brasileira. Para conseguir acompanhar essa tendência, o gestor de saúde deve estar atento aos seguintes fatores:
1. Acessibilidade eletrônica do sistema de telemedicina
Design amigável e intuitivo
É imprescindível que o design seja intuitivo, simples e leve. Isso contribui para uma melhor experiência, não só do paciente, mas de todos os profissionais que utilizam a ferramenta. Além de resultar em um maior engajamento dos usuários, que poderão acompanhar seus processos clínicos em um só lugar.
Esse é um dos fatores que mais contribui para o redirecionamento de recursos e tempo dos profissionais, pacientes e instituições.
Interoperabilidade
No setor de saúde, a interoperabilidade entre soluções digitais é vital para garantir a agilidade dos processos, comunicação entre profissionais, engajamento com o público-alvo, redução de custos, além de possibilitar a integração entre dados que beneficiam a conduta e o tratamento dos pacientes. Sendo assim, na hora de escolher um sistema de telemedicina, opte por aquele que seja interoperável, ou seja, que garanta a integração com as demais ferramentas da instituição.
Portabilidade de dados
Uma situação comum para os estabelecimentos de saúde é a constante troca de fornecedores. Quando isso ocorre, todos os dados que estavam sob cuidado do antigo fornecedor devem ser migrados para a posse do proprietário. Por isso, é fundamental garantir que o retorno dessas informações esteja previsto nas cláusulas contratuais, que devem determinar como a portabilidade de dados entre as partes será realizada.
TI na Saúde
A tecnologia da informação em saúde melhora a segurança do paciente, reduzindo erros de medicação, mitigando reações adversas a medicamentos e melhorando a conformidade com as diretrizes de prática. Não há dúvidas de que a tecnologia da informação em saúde é uma ferramenta importante para melhorar a qualidade e a segurança (YASSER K, Alotaibi; FRANK, Federico. 2017).
Assim, contar com o apoio de um bom time de TI é o primeiro passo a ser dado quando o assunto é telemedicina.
2. Segurança
Não há dúvida de que a digitalização de processos na área da saúde tem sido vital para o sucesso da telemedicina. No entanto, integrar sistemas também apresenta riscos significativos de segurança e privacidade.
Por isso, no processo de escolha do sistema telemedicina, é fundamental que a instituição verifique questões relacionadas ao tema, considerando três pontos importantes:
LGPD
Estar atento aos parâmetros da Lei 13.709, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), é fundamental. Com a sua aprovação, a confidencialidade de dados mediante o consentimento do usuário para o tratamento das informações tornou-se obrigatório. Agora, o tratamento desses dados deve seguir parâmetros específicos, criados para que eles não caiam em mãos inadequadas e prejudiquem seus legítimos donos – os usuários. O não cumprimento das normas pode resultar em multas, além do impacto negativo vinculado à imagem da instituição.
Controle de Acesso
Por meio de senhas individuais e conteúdo restrito, esse é um dos fatores que garantem o cumprimento e segurança dos dados pessoais, reduzindo riscos da prática na telemedicina. Na prática, monitorar o controle de acesso dos usuários diminui a chance de um invasor obter acesso às credenciais dos pacientes.
Nesse sentido, opte por um sistema que forneça controle de acesso de alta segurança, dando aos gestores a administração dos demais acessos às informações da plataforma.
Criptografia
Essa ferramenta evita que dados sigilosos e sensíveis sejam comprometidos, por meio do embaralhamento das informações de forma que apenas aqueles que detém a chave para descriptografar tenham acesso.
Ao utilizar a criptografia para proteger as comunicações, as empresas da área da saúde impedem que firewalls e outros dispositivos de segurança detectem tráfego malicioso e arquivos ocultos no tráfego legítimo.
3. Prestação de serviço de saúde
Por fim, é claro que a prestação de serviço deve ser levada em conta. Escolher uma ferramenta que esteja alinhada ao propósito da sua empresa e aos seus princípios é primordial.
Cuidado centrado no paciente
Esse é o termo que se dá ao cuidado mais participativo, no qual a família e o paciente fazem parte de todas as decisões. A adoção dessa política é facilitada com um sistema que guarda todo o histórico do usuário, oferecendo a possibilidade de compartilhamento e acompanhamento com o próprio. (Ribeiro, M. M., e Amaral, C. F., 2008).
Jornada do paciente
Mapear a jornada digital do paciente também se apresenta como uma importante influenciadora da tomada de decisão. Quando feita com mais agilidade, menos etapas e mais assertividade, maior a satisfação do paciente.
Sendo assim, ferramentas que otimizam e melhoram a jornada são um diferencial competitivo, pois posiciona a instituição um passo à frente no mercado de saúde.
Automação hospitalar
Contar com ferramentas que englobam a automatização de processos hospitalares atinge diretamente todos os fatores importantes para o desenvolvimento da prestação de serviço. Isso auxilia as equipes de atendimento a melhorar a precisão da avaliação do paciente, conservar recursos humanos e hospitalares, melhorar os fluxos de trabalho e agilizar a recuperação do paciente, muitas vezes no conforto de sua própria casa. Com mais agilidade e fluidez, o serviço tende a ser satisfatório.
Médicos especialistas
Uma equipe médica especialista e bem preparada é capaz de prestar um serviço de excelência e oferecer as melhores soluções em saúde e tecnologia. Com ela, o problema da falta de profissionais para a interpretação de exames comuns como o eletrocardiograma, por exemplo, é solucionado.
Apesar de parecer uma realidade distante, aqui na Neomed oferecemos todos esses serviços em um único produto. E esses fatores atestam o sucesso do nosso Sistema de Gestão e Telelaudos. Garanta qualidade e segurança para a sua instituição, fale com nosso time e peça seu projeto piloto!
Referências bibliográficas
MEDICINAS/A. Legislação e os Resultados da Telemedicina no Brasil. Disponível em: https://medicinasa.com.br/telemedicina-legislacao/. Acesso em: 25 out. 2021.
Ahmadova, Ulkar et al. Implementation of encryption on telemedicine. arXiv: Image and Video Processing (2019): n. pag.HEALTHCAREITNEWS. Hospital Automation: How Connectivity is Redefining Health Care Administration & Patient Care. Disponível em: https://www.healthcareitnews.com/news/hospital-automation-how-connectivity-redefining-health-care-administration-patient-care. Acesso em: 25 out. 2021.
Bruno Farias de Souza é Cofundador e Chief Product Officer na Neomed, healthtech brasileira que desenvolveu uma plataforma inteligente e integrada para reduzir a distância entre os sintomas e o tratamento. Bruno é graduado em administração de empresas (Universidade Metodista de São Paulo) e com especializações em Marketing (University of California) e Empreendedorismo e Inovação (Stanford University Graduate School of Business). Antes da Neomed, atuou por cerca de cinco anos na Movile, como Product Manager.