A importância do prontuário eletrônico integrado à plataforma de laudos médicos

À medida que a saúde digital avança, os sistemas de informação utilizados no setor desenvolvem uma gama de novos recursos disponíveis para tomar decisões mais eficazes e oportunas.

No entanto, para desfrutar dessas ferramentas e obter uma visão em tempo real do processo de atendimento, é importante que os estabelecimentos de saúde  integrem os prontuários eletrônicos aos demais sistemas disponíveis. 

Essa integração traz desafios técnicos e administrativos, exigindo que as organizações tenham clareza dos padrões, processos internos e princípios regulatórios vigentes, seguindo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a Lei do Prontuário Médico. 

A instauração da integração entre sistemas e equipamentos  permite que as instituições aproveitem os dados de toda história clínica do paciente (do setor público ao privado), enriquecendo detalhes importantes para os profissionais da saúde tomarem a melhor decisão de conduta, diagnóstico e tratamento, garantindo a assertividade dos mesmos.

O que é o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP)?

Diante do avanço da transformação digital na saúde brasileira, o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) é uma ferramenta moderna e de extrema importância para a operação clínica, pois tem a capacidade de reunir todas as informações sobre a saúde do paciente e serviços prestados – de caráter legal, sigiloso e científico – permitindo a comunicação entre os membros de equipes multiprofissionais  – até mesmo entre diferentes instituições e setores – e a continuidade do tratamento (THOFEHRN e LIMA, 2006). 

Trata-se de um recurso importante tanto para médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde, quanto para os gestores, pois auxilia na organização do atendimento, uma vez que os dados ficam armazenados em um só lugar. Isso facilita o cruzamento, armazenamento e sigilo das informações, além de melhorar a eficiência e gestão de qualidade dos serviços de saúde.  

A relação entre sistemas de informação integrados e prontuário eletrônico 

A troca de informações entre profissionais da área médica é essencial para a melhoria do sistema como um todo, transformando a integração do prontuário eletrônico na melhor maneira de obter todas as informações clínicas do paciente com agilidade. Por isso, a utilização da ferramenta é parte fundamental de uma efetiva transformação digital na saúde brasileira. 

Conforme o relatório Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC Saúde 2019, pouco mais da metade (51%) dos estabelecimentos privados no setor médico usam prontuários totalmente eletrônicos, enquanto nos estabelecimentos públicos o número cai para 41%. Além disso, apenas 38% das instituições privadas (contra 14% do setor público) declararam possuir departamento ou área de tecnologia da informação, demonstrando a necessidade de investimento na infraestrutura do setor.

Nesse sentido, o Projeto de Lei n. 3814/2020, que trata da criação de uma plataforma integrada pelo SUS, com dados de pacientes das redes pública e privada, foi aprovado recentemente pelo Senado. 

O objetivo da implementação da tecnologia é que médicos tenham acesso a históricos clínicos, em diferentes níveis de atenção à saúde. Afinal, dada a dimensão continental do país, a integração dessa capilaridade de informações é essencial para a evolução tecnológica dos sistemas nacionais.

No entanto, para assegurar os benefícios da integração de prontuários eletrônicos, é fundamental que a interoperabilidade seja automática, permitindo a troca das informações em diversos sistemas e plataformas.

Os desafios no caminho da implementação da integração

Na tentativa de otimizar o acesso da equipe às informações do prontuário eletrônico, muitos gestores descobrem que implementar a interoperabilidade de informações entre vários sistemas e ferramentas nem sempre é uma tarefa possível. 

A infraestrutura dos estabelecimentos, inclusive, é um dos fatores que contribuem para esse problema. Em casos de equipamentos médicos mais antigos, por exemplo, a integração dos prontuários e outros dados muitas vezes é deficitária. Prova disso é que, também de acordo com o  TIC Saúde 2019, apenas 31% das instituições de saúde do país enviam e recebem informações clínicas de outros estabelecimentos

Os dados também revelam que, na rede privada, somente 13% dos estabelecimentos possuem um sistema eletrônico com interoperabilidade. Além disso, só 18%  dos estabelecimentos disseram possuir sistemas integrados para compartilhar resultados de exames de imagem dos pacientes, por exemplo.

Esses resultados ilustram como a insuficiência de equipamentos, a falta de apoio de uma equipe de TI e os problemas de infraestrutura podem contribuir para um um fluxo operacional engessado, ineficaz e burocrático. Que, na prática, significa um sistema sem interoperabilidade de informações.  

Por isso, fique sabendo: o sucesso da integração de dados depende da capacidade institucional de escolher parceiros de negócios que tenham em suas plataformas a premissa da integração desenvolvida.

Afinal, a interoperabilidade de sistemas é resultado de um projeto executado por várias mãos, uma parceria. Sendo assim, é responsabilidade da instituição fazer a ponte entre o desenvolvedor da solução de telessaúde (como o prontuário eletrônico) e o fornecedor dos equipamentos institucionais. A partir daí, a análise de compatibilidade entre os sistemas será realizada. Esse passo é muito importante, pois o resultado da análise ditará o rumo das negociações. Se houver incompatibilidade entre as linguagens, por exemplo, fica quase impossível garantir a integração.

O fato é que, independente da esfera de atuação, os estabelecimentos de saúde precisam cada vez mais criar meios que sejam capazes de transformar a rede integrada de cuidados contínuos em uma realidade institucional. 

Conheça os benefícios de contar com uma solução de telelaudo integrada ao seu PEP 

Ao combinar a funcionalidade do prontuário eletrônico com a solução de gestão e telelaudo da Neomed, os sistemas de saúde podem automatizar e otimizar ainda mais o fluxo de trabalho da operação, melhorando a prestação de cuidados e a eficiência da equipe. 

Com ela, os estabelecimentos de saúde podem:

  • automatizar processos entre sistemas, melhorando a qualidade da prestação de serviços;
  • otimizar o fluxo de trabalho, contribuindo para o bem-estar da operação
  • evitar erros de processos sistêmicos, reduzindo o retrabalho e a incidência de erros humanos;
  • ter fácil acesso às informações do paciente, o que possibilita uma gestão centralizada de exames;
  • trocar informações médicas entre sistemas e estabelecimentos, com  velocidade e segurança de dados.  

Outro diferencial da solução é que informações de prontuário e exames são integrados e protegidos com chaves de acesso, domínio do gestor e criptografia de ponta a ponta.

A solução ainda oferece um sistema interoperável, que possui integração com mais de 80% dos sistemas disponíveis no mercado, PACs e prontuários, como HOSP, MV e Feegow

Além disso, todas as soluções da healthtech são desenvolvidas respeitando as normas e as boas práticas da LGPD, ou seja, centralizando processos, diminuindo erros e perdas de informações e agilizando o diagnóstico e a comunicação entre as equipes. Fatores esses que são totalmente atrelados ao sucesso da implementação da interoperabilidade nos sistemas da instituição. 

Por isso, se você deseja transformar o prontuário eletrônico em uma fonte de informação facilmente acessível para a sua equipe – possibilitando fluxos de trabalho clínicos dinâmicos e comunicação eficaz quase em tempo real, fale com um de nossos especialistas e peça seu projeto piloto.


Referências

FOLHA DE SÃO PAULO. Tecnologia e prontuário eletrônico por uma saúde mais plural. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/09/tecnologia-e-prontuario-eletronico-por-uma-saude-mais-plural.shtml. Acesso em: 20 out. 2021.

THOFEHRN, Claudia; LIMA, Walter Celso de. Prontuário Eletrônico do Paciente – A Importância da Clareza da Informação. Revista Eletrônica de Sistemas de Informação, [S.l.], v. 5, n. 1, abr. 2006. ISSN 1677-3071. Disponível em: <http://www.periodicosibepes.org.br/index.php/reinfo/article/view/168/65>. Acesso em: 20 out. 2021. doi:https://doi.org/10.21529/RESI.2006.0501009.

REVISTAS ELETRÔNICAS DA UFPI. Anais do I Congresso Norte Nordeste de Tecnologias em Saúde. Disponível em: <https://revistas.ufpi.br/index.php/connts/article/view/7790>. Acesso em: 20 out. 2021.

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