Na cardiologia existem alguns exames que são comumente solicitados para check-up. O MAPA de pressão arterial é um deles e é pedido para monitorar a pressão sanguínea e avaliar se o paciente tem ou não hipertensão.
São 24 horas de acompanhamento que auxiliam no diagnóstico da pressão alta. E apesar de ser um exame comum, existem muitas dúvidas sobre. Por isso, selecionamos 7 perguntas mais frequentes sobre o MAPA para responder à você. Confira!
1. O que é e qual a finalidade do exame?
O MAPA — Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial —, é um exame que registra a pressão arterial do paciente durante 24 horas, em intervalos regulares, enquanto ele realiza suas atividades diárias normalmente.
O objetivo é analisar as variações da pressão arterial ao longo do dia por meio do monitoramento das oscilações que podem dar indícios de hipertensão.
Esta é uma forma de ter um resultado mais preciso sobre esta doença crônica, pois elimina as influências externas que podem ocorrer durante uma consulta médica, por exemplo.
2. Como é feito o exame MAPA de pressão arterial?
Existe um passo a passo importante para seguir. Primeiramente, o paciente precisa ir até uma consulta com o cardiologista e o médico faz uma avaliação para identificar se há necessidade de fazer o exame.
Caso seja preciso, o médico passa todas as instruções sobre como funciona o monitoramento. O dispositivo consiste num monitor que é preso na cintura ou em uma bolsa e o manguito de pressão arterial (braçadeira) é envolto no braço.
O aparelho realiza aferições em intervalos regulares, normalmente programado para medir a pressão a cada 15 ou 30 minutos, durante o dia, e a cada 30 ou 60 minutos no período da noite.
É importante ter um diário de atividades para registrar as atividades e sintomas que sentiu durante as 24 horas com o monitor.
3. Quando devo fazer o exame MAPA?
Geralmente, este exame é solicitado para pacientes que suspeitam que têm hipertensão arterial ou aqueles que já fazem acompanhamento.
É importante também para quem tem casos próximos na família, pais ou avós, por exemplo. Uma vez que em 90% dos casos a pressão arterial elevada é hereditária.
Além disso, se tem alguns sintomas como desmaios frequentes, tonturas e palpitações, o exame também pode ser indicado para averiguar se estão relacionados à variações da pressão.
4. Quais são os benefícios do exame para quem tem histórico familiar de hipertensão?
O exame é indicado para quem tem histórico da doença na família. Este é um dos principais motivos para fazer o MAPA e manter uma rotina de acompanhamento com o seu médico cardiologista.
Embora ter o pai ou mãe com hipertensão seja sinônimo de que a doença passará adiante, como dito anteriormente em 90% dos casos estão ligados à hereditariedade.
O MAPA traz um panorama completo e preciso das variações diárias para eliminar a possibilidade de desenvolver pressão alta ou, em casos positivos, ajudar a definir o melhor tratamento. Ou seja, é importantíssimo para evitar diagnósticos incorretos.
5. O exame MAPA tem algum risco ou efeito colateral?
Este é um exame não invasivo, portanto, seus riscos ou até mesmo efeitos colaterais são muito baixos.
Durante a realização do MAPA, o paciente pode sentir algum desconforto ou irritação na pele por causa da braçadeira que não pode ser retirada do braço em nenhum momento. Mas é algo temporário e são situações atípicas.
6. O MAPA mede somente a pressão arterial ou tem outras funções?
O MAPA é somente para monitorar a pressão arterial e fazer um acompanhamento mais próximo para analisar se o paciente tem ou não hipertensão.
Existe o holter, outro exame utilizado para monitoramento. Entretanto, este serve para monitorar o ritmo cardíaco por longos períodos. E, diferente do MAPA, a aferição é feita por eletrodos colocados no tórax.
7. Existe alguma contra indicação para realizar o exame?
Sim, nem sempre o MAPA é indicado, principalmente se o paciente tem pressão muito baixa, pois, nestes casos, nem sempre é possível monitorar corretamente.
Além disso, existem outras contra indicações, listadas a seguir:
- Arritmias que não são controladas corretamente;
- Níveis muito altos da pressão;
- Pacientes com hiperatividade, com doença de Parkinson ou outras questões que possam afetar diretamente as aferições.
Mesmo sendo necessário fazer o exame, é importante que exista uma conversa esclarecedora por parte do médico cardiologista para entender a viabilidade ou não do exame.
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Gabriela Wegner é Analista de Marketing e Conteúdo na Neomed. Jornalista formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), já atuou em agências de comunicação e com comunicação na área da saúde.