O flutter atrial é uma arritmia cardíaca que, apesar de menos conhecida que a fibrilação atrial, exige a mesma atenção. Trata-se de uma alteração na atividade elétrica dos átrios do coração, provocando batimentos rápidos e organizados, com riscos significativos se não for tratada adequadamente.
A seguir, entenda em detalhes tudo sobre essa condição: sintomas, causas, exames, riscos e as formas mais modernas de tratamento e prevenção.
O que é flutter atrial?
O flutter atrial é um tipo de arritmia causada por um circuito elétrico anormal no átrio direito do coração, especialmente na região entre a válvula tricúspide e a veia cava inferior. Esse circuito provoca impulsos elétricos entre 240 e 340 bpm (batimentos por minuto), gerando uma contração atrial acelerada, mas organizada.
Apesar da alta frequência atrial, o nó atrioventricular limita a transmissão para os ventrículos, geralmente resultando em uma frequência ventricular de cerca de 150 bpm (em bloqueio 2:1).
Flutter atrial é grave?
Sim. Embora possa ser controlado, o flutter atrial é potencialmente perigoso. Se não tratado, pode levar a acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e taquicardiomiopatia.
Quais são os sintomas mais comuns?
Os sintomas mais comuns incluem:
- Palpitações (batimentos acelerados ou irregulares)
- Tontura ou vertigem
- Fadiga incomum
- Falta de ar (dispneia)
- Dor no peito
Flutter atrial pode ser assintomático?
Sim. Muitas pessoas convivem com o flutter atrial sem perceber até que ele leva a complicações graves. Isso reforça a importância do diagnóstico precoce e de exames preventivos, especialmente em pessoas com fatores de risco.
Causas e fatores de risco
O flutter atrial pode surgir por diversas causas, incluindo:
- Hipertensão arterial
- Doença arterial coronariana
- Valvopatias
- Insuficiência cardíaca
- Pós-operatório de cirurgia cardíaca
- Doenças pulmonares crônicas
Flutter atrial em jovens: é possível?
Apesar de mais comum em adultos mais velhos, o flutter atrial também pode acometer jovens, especialmente atletas de alta performance ou pessoas com condições congênitas.
Como é feito o diagnóstico do flutter atrial?
O ECG é o principal exame para identificar o flutter atrial. Ele mostra:
- Ondas P transformadas em ondas F em “dente de serra”, especialmente nas derivações II, III e aVF
- Ritmo atrial regular, com frequência alta
- Relação fixa entre ondas F e complexos QRS (ex: 2:1, 3:1)

Diferenças entre flutter atrial e fibrilação atrial
Característica | Flutter Atrial | Fibrilação Atrial |
Frequência atrial | 240-340 bpm | 300-600 bpm |
Padrão elétrico | Ondas F regulares em “dente de serra” | Ondas F caóticas e irregulares |
Ritmo ventricular | Regular com padrão fixo ou irregular por bloqueio atrioventricular variável | Irregular |
Risco de AVC | Moderado | Elevado |
Quais são os riscos e complicações?
Flutter atrial causa AVC?
Sim. O flutter atrial aumenta o risco de formar coágulos nos átrios, que podem migrar para o cérebro e causar AVC. Embora o risco seja menor que na fibrilação atrial, ainda é significativo.
Flutter atrial pode causar insuficiência cardíaca?
Pode. A frequência cardíaca acelerada por tempo prolongado pode levar à taquicardiomiopatia, prejudicando a função de bombeamento do coração.
Tratamentos para flutter atrial
Controle da frequência cardíaca
- Betabloqueadores
- Bloqueadores dos canais de cálcio
Cardioversão elétrica ou farmacológica
- Choque elétrico sincronizado ou uso de antiarrítimos
Ablação por cateter: cura definitiva?
Sim. A ablação do istmo cavo tricuspídeo tem taxa de sucesso superior a 95% e é considerada tratamento definitivo em muitos casos.
Como prevenir o flutter atrial?
Mudanças no estilo de vida
- Controle da pressão arterial
- Alimentação equilibrada
- Atividade física moderada
- Evitar álcool e estresse
Monitoramento com tecnologia e IA
O monitoramento contínuo com tecnologia pode antecipar crises e reduzir riscos. Cada vez mais, plataformas com inteligência artificial se tornam parte essencial da linha de cuidado.
O papel da inteligência artificial no diagnóstico de arritmias
O Kardia, da Neomed, é a primeira plataforma com IA desenvolvida no Brasil para detectar arritmias com alta precisão.
- Detecta arritmias em estágios iniciais
- Permite intervenções mais rápidas e eficazes
- Otimiza fluxos de trabalho em hospitais e clínicas
Casos que podem ser antecipados com IA
Com o Kardia, médicos conseguem prever eventos clínicos, monitorar a população com risco e individualizar o tratamento de forma mais segura e eficiente.

Como agir diante do flutter atrial?
Se você ou um paciente apresenta sintomas sugestivos, não espere: procure um cardiologista. E se você é profissional da saúde, considere incorporar soluções como o Kardia para elevar o padrão de cuidado e prevenção.

Fontes confiáveis para aprofundamento: