A tecnologia na segurança do paciente refere-se ao conjunto de ferramentas digitais, sistemas de informação e soluções baseadas em inteligência artificial que atuam para minimizar riscos, prevenir erros médicos e garantir assistência de qualidade nas instituições de saúde. Desde 2004, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou o World Alliance for Patient Safety, o tema ganhou relevância global, estabelecendo diretrizes e metas internacionais para proteger pacientes em ambientes hospitalares.
Essa abordagem tecnológica engloba desde sistemas de prontuário eletrônico (PEP) até plataformas de inteligência artificial para diagnóstico precoce de condições críticas. Portanto, não se trata de substituir o profissional de saúde, mas de oferecer recursos que potencializam a precisão diagnóstica, reduzem falhas operacionais e otimizam a tomada de decisão clínica.
Como funciona a tecnologia aplicada à segurança do paciente?
O funcionamento dessas tecnologias baseia-se na integração de dados clínicos, automatização de processos e análise preditiva. Os sistemas coletam informações de múltiplas fontes, como prontuários eletrônicos, resultados de exames, sinais vitais e histórico médico, para criar uma visão abrangente do estado de saúde do paciente.
Outro fator que contribui para a eficácia dessas soluções é a capacidade de identificar padrões e anomalias em tempo real. Algoritmos de machine learning, por exemplo, conseguem detectar precocemente condições como arritmias cardíacas, sepse ou deterioração clínica, permitindo intervenções rápidas antes que complicações graves ocorram. Também há sistemas de alerta que notificam equipes médicas sobre interações medicamentosas perigosas ou dosagens inadequadas, aumentando significativamente a segurança farmacológica.
Quais são as principais aplicações tecnológicas para segurança do paciente?
Diversas ferramentas tecnológicas estão revolucionando o cuidado hospitalar. O prontuário eletrônico do paciente (PEP) representa uma das inovações mais fundamentais, centralizando todo o histórico clínico em formato digital e eliminando problemas relacionados à legibilidade de registros manuscritos. Dessa forma, a identificação correta do paciente e o acesso rápido às suas informações clínicas tornam-se mais seguros e eficientes.
A prescrição eletrônica, por sua vez, minimiza erros de medicação ao padronizar dosagens e alertar sobre possíveis interações medicamentosas. Sistemas de telelaudo permitem que especialistas avaliem exames complexos remotamente, garantindo diagnósticos mais precisos mesmo em hospitais que não possuem equipes especializadas disponíveis 24 horas por dia.
Outro recurso importante são os dashboards de monitoramento e análise de dados estruturados, que oferecem visualizações em tempo real sobre indicadores de qualidade assistencial, permitindo gestores e equipes clínicas identificarem gargalos operacionais e implementarem melhorias baseadas em evidências concretas.
Como implementar tecnologia para aumentar a segurança do paciente?
A implementação bem-sucedida começa com o mapeamento das necessidades específicas da instituição. É fundamental realizar um diagnóstico situacional que identifique os principais pontos de vulnerabilidade, seja na identificação de pacientes, comunicação entre equipes, prescrição de medicamentos ou em processos diagnósticos.
Além disso, o engajamento das equipes é crucial para o sucesso da adoção tecnológica. Treinamentos adequados, demonstrações práticas e apoio técnico contínuo garantem que os profissionais de saúde compreendam os benefícios das ferramentas e as utilizem corretamente em sua rotina. Também é essencial estabelecer protocolos claros de uso e criar indicadores de performance para monitorar o impacto das tecnologias implementadas.
Outro fator determinante é escolher soluções que se integrem facilmente aos sistemas já existentes no hospital, evitando silos de informação e garantindo fluxos de trabalho mais fluidos. A interoperabilidade entre diferentes plataformas permite que dados circulem de forma segura e acessível, maximizando o valor das informações clínicas coletadas.
Quais são as metas internacionais de segurança que a tecnologia ajuda a cumprir?
A OMS estabeleceu seis metas internacionais fundamentais para a segurança do paciente, e a tecnologia desempenha papel essencial no cumprimento de cada uma delas. A primeira meta — identificar o paciente corretamente — é facilitada por sistemas de identificação biométrica, pulseiras com códigos de barras e prontuários eletrônicos integrados que eliminam trocas de identidade.
Sendo assim, a segunda meta, relacionada à melhoria da comunicação entre equipes, também se beneficia enormemente de plataformas digitais que permitem registro e compartilhamento instantâneo de informações clínicas. Sistemas de prescrição eletrônica atendem diretamente à terceira meta ao melhorar a segurança dos medicamentos de alta vigilância através de alertas automatizados e protocolos padronizados.
Tecnologias de rastreamento e checklists digitais contribuem para a quarta meta, como assegurar cirurgias corretas no local adequado e com o paciente certo. Também, sistemas de monitoramento de higienização e controle de infecções hospitalares auxiliam na quinta meta, enquanto alertas de risco de quedas baseados em análise preditiva apoiam o cumprimento da sexta meta.
Que erros a tecnologia ajuda a evitar na assistência hospitalar?
Erros de medicação estão entre os mais comuns e potencialmente fatais em ambientes hospitalares. Portanto, sistemas de prescrição eletrônica com verificação de dosagem, interações medicamentosas e alergias conhecidas previnem reações adversas graves. Além disso, a legibilidade digital elimina interpretações equivocadas de prescrições manuscritas, um problema historicamente significativo na área da saúde.
Outro erro frequente que a tecnologia minimiza é o diagnóstico incorreto ou tardio. Plataformas com inteligência artificial conseguem identificar padrões sutis em exames de imagem, eletrocardiogramas e dados laboratoriais que podem passar despercebidos em análises manuais. Sendo assim, condições críticas são detectadas mais precocemente, permitindo intervenções que salvam vidas.
Também há redução significativa de falhas na comunicação entre equipes, uma vez que registros digitais centralizados garantem que todos os profissionais envolvidos no cuidado tenham acesso às mesmas informações atualizadas. A diminuição de erros relacionados à identificação de pacientes é outro fator importante, pois sistemas eletrônicos cruzam múltiplos dados antes de confirmar identidades e procedimentos.
Quais são as tendências futuras em tecnologia para segurança do paciente?
A inteligência artificial continuará se expandindo, com algoritmos cada vez mais sofisticados capazes de prever deteriorações clínicas antes mesmo que sintomas evidentes se manifestem. A medicina personalizada ganhará força, com tecnologias que analisam perfis genéticos, histórico familiar e dados multimodais para oferecer tratamentos individualizados e mais eficazes.
Outro avanço promissor é a Internet das Coisas Médicas (IoMT), conectando dispositivos vestíveis, equipamentos hospitalares e sistemas de monitoramento em redes integradas que fornecem dados contínuos sobre o estado dos pacientes. O monitoramento remoto e em tempo real permitirá intervenções proativas, reduzindo internações e melhorando desfechos clínicos.
Também veremos maior integração entre diferentes instituições de saúde através de redes interoperáveis que compartilham informações clínicas de forma segura. Sendo assim, o histórico completo do paciente estará acessível independentemente de onde ele busque atendimento, garantindo continuidade do cuidado e reduzindo repetições desnecessárias de exames.
Como o Kardia revoluciona a segurança do paciente em cardiologia
A tecnologia está cada vez mais presente nos hospitais. Por isso, pensar em soluções seguras e que ofereçam valor ao paciente torna-se cada vez mais uma necessidade. Minimizar a chance de erros e falhas dentro da operação hospitalar é fundamental para uma gestão eficaz e humanizada.
O Kardia, da Neomed, tem sido utilizado como um meio para aumentar as chances de um desfecho positivo em casos de dor torácica, como foi o caso do Hospital Macrorregional de Presidente Dutra (HMPD), que melhorou a eficiência dos diagnósticos cardiológicos nos pronto-socorros por meio da plataforma.
Com algoritmos avançados, o Kardia possibilita a identificação precoce da fibrilação atrial, permitindo que médicos tomem decisões mais assertivas e antecipem intervenções antes que complicações graves aconteçam. Além disso, a solução amplia a gestão da jornada do paciente, otimizando recursos e reduzindo custos hospitalares.
O futuro do cuidado cardiovascular está na personalização e na previsibilidade: o Kardia não é apenas uma ferramenta diagnóstica, mas um verdadeiro aliado estratégico para médicos, hospitais e redes de saúde que desejam elevar a qualidade do atendimento e maximizar a segurança dos pacientes.
A Inteligência do Kardia permite identificar e contextualizar pacientes em sua jornada de cuidado, integrando e analisando dados multimodais, incluindo imagens médicas, prontuários eletrônicos, anotações clínicas e séries temporais de dados. Essa visão ampla permite uma compreensão mais profunda do histórico do paciente, contribuindo para diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes.
Com a plataforma sua equipe pode segmentar e priorizar casos específicos, enquanto dashboards fornecem insights valiosos sobre a população atendida no hospital, facilitando a tomada de decisões estratégicas para melhorar desfechos clínicos.
O Kardia, da Neomed, estabelece um novo padrão de excelência no combate à fibrilação atrial: transformando dados em decisões inteligentes, tornando o diagnóstico mais acessível, rápido e confiável. É saúde conectada com o futuro. E ela é movida por IA.
Descubra como o Kardia pode revolucionar o cuidado do paciente em sua instituição de saúde. Conheça o Kardia e garanta mais segurança e precisão diagnóstica para seus pacientes.

Gabriela Wegner é Analista de Marketing e Conteúdo na Neomed. Jornalista formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), já atuou em agências de comunicação e com comunicação na área da saúde.




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