A Síndrome de Wolff-Parkinson-White é uma doença cardíaca congênita considerada rara, entretanto, deve fazer parte da avaliação médica, principalmente pelo fato de poder ser silenciosa.
Descrita pela primeira vez em 1930 pelos médicos Louis Wolff, John Parkinson e Paul Dudley, a síndrome foi descoberta por meio da leitura do eletrocardiograma (ECG) de um paciente com o ritmo cardíaco acelerado.
Apesar de ser uma patologia atípica e que pode ser assintomática, é importante compreender mais sobre. Por isso, continue a leitura deste artigo para saber mais sobre a Síndrome de Wolff-Parkinson-White.
3O que é a síndrome de Wolff-Parkinson-White
Esta doença cardíaca pode ser definida como uma conexão de fibras anormais entre os átrios e os ventrículos.
Normalmente, os impulsos elétricos do coração passam do nó sinoatrial, que gera o ritmo cardíaco, para o nó atrioventricular, que regula a transmissão dos impulsos para os ventrículos.
Na síndrome de Wolff-Parkinson-White, o feixe acessório contorna o nó atrioventricular, permitindo que os impulsos cheguem aos ventrículos mais rapidamente ou retornem para os átrios, formando um circuito de reentrada. Esta diferenciação da condução elétrica pode aumentar a possibilidade de arritmias.
Nesse sentido, é bem comum o desenvolvimento da taquicardia supraventricular, e em casos mais graves, o paciente pode ter um quadro de fibrilação atrial. E, embora a síndrome possa surgir já no nascimento, por ser uma doença congênita, as arritmias podem aparecer somente na adolescência ou até mesmo após os 60 anos.
Qual a relação da fibrilação atrial com a síndrome de Wolff-Parkinson-White?
A fibrilação atrial pode ocorrer como consequência da Síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW), entretanto, nem todos os pacientes com WPW desenvolvem FA.
A via elétrica acessória característica da síndrome pode predispor a alterações no ritmo cardíaco, incluindo a fibrilação atrial, devido a fatores específicos relacionados à condução elétrica anormal presente nesta condição.
A FA em pacientes com WPW apresenta um risco maior do que a FA isolada devido à possibilidade de gerar uma resposta ventricular extremamente rápida e descontrolada, podendo evoluir para a fibrilação ventricular (FV), uma arritmia que pode ser fatal.
Sintomas da síndrome de Wolff-Parkinson-White
Boa parte das condições cardíacas têm sintomas parecidos e pacientes com a síndrome de Wolff-Parkinson-White podem apresentar sintomas comuns a outras doenças.
Palpitações, fraqueza e/ou falta de ar e dores no peito são os sintomas que aparecem com maior frequência. A morte súbita também pode ser decorrente da WPW, porém, é algo raro quando se trata da síndrome.
Outro ponto importante é que muitas pessoas com a síndrome não apresentam sintomas em nenhum momento da vida. Por isso, a importância do acompanhamento médico e exames cardiológicos regulares.
Como é feita a avaliação clínica da síndrome
A síndrome de Wolff-Parkinson-White pode ser identificada por um conjunto de exames, sendo o eletrocardiograma o principal deles. O diagnóstico, feito por meio do ECG, pode revelar características típicas de portadores da doença, como:
- Intervalo PR curto — o tempo entre a ativação dos átrios e dos ventrículos está reduzido, geralmente menor que 0,12 segundos;
- Onda delta — um pequeno “degrau” no início do complexo QRS, causado pela ativação precoce dos ventrículos pela via acessória.
As alterações que aparecem no laudo são decorrentes da via acessória utilizada pela condução elétrica para chegar até os ventrículos. Este caminho percorrido ocasiona a despolarização precoce.
Além do ECG, a síndrome pode ser diagnosticada por meio de outras avaliações que complementam o laudo do ECG, entre elas estão o holter de 24 horas, teste ergométrico e estudo eletrofisiológico (EEF).
Quais são os tratamentos existentes para a síndrome de Wolff-Parkinson-White
O tratamento escolhido para o paciente depende de cada caso. Atualmente, existem tratamentos farmacológicos para arritmias e a ablação cardíaca, que é o método mais eficiente para os cuidados da síndrome de Wolff-Parkinson-White.
Este é um procedimento minimamente invasivo, seguro e indolor que é benéfico para o paciente, que pode voltar a ter uma vida tranquila e sem tantas restrições.
Os pacientes que têm a síndrome e ainda não realizaram a ablação não podem realizar atividades físicas de grande impacto, como futebol, vôlei entre outros esportes competitivos, por exemplo. Outro ponto são as atividades profissionais de risco, que também devem ser evitadas.
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