A saúde cardiovascular e o infarto em mulheres

O dia 8 de março é o Dia Interncional da Mulher. Nesta data de celebração, reflexão e conscientização, é muito importante falarmos sobre a saúde da mulher, para que possamos, com saúde, continuar lutando, conquistando nossos direitos e avançando em nossos objetivos. Para falar sobre isso, a Neomed conversou com a Dra. Giovana Daher Fagotti, que faz parte da equipe médica da Neomed e é cardiologista pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, para entender mais sobre a saúde cardiovascular da mulher e os infartos no público feminino.

A saúde cardiovascular

No ano de 2019, o Brasil possuía 109,4 milhões de mulheres, segundo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e estima-se que mais de 170 mil mulheres morreram no mesmo ano vítimas de doenças do aparelho circulatório, como acidente vascular cerebral, hipertensão, insuficiência cardíaca, entre outras.

Esse alto número se explica, entre outros motivos, pelos hormônios femininos: o corpo da mulher  é protegido por dois hormônios na fase reprodutiva: o estrogênio e a progesterona. Durante a menopausa, essa proteção deixa de existir, equiparando o risco cardiovascular feminino ao dos homens. “É por esse motivo que, de forma geral, vemos que mulheres infartam em uma idade um pouco mais tardia, se comparadas aos homens”, conclui Giovana.

Associado a esse fato, existem alguns fatores na anatomia feminina que agravam o quadro. A Dra. Giovana explica: “as artérias coronárias, responsáveis por irrigar o coração, são mais finas nas mulheres do que nos homens, o que também as deixam mais suscetíveis a problemas cardiovasculares”. 

Por fim, a ausência dos hormônios femininos também deixa as mulheres mais sujeitas aos efeitos nocivos do LDL, também conhecido como “colesterol ruim”, além de aumentar a pressão arterial, principalmente na forma de hipertensão sistólica isolada

O infarto em mulheres

Além dos dados alarmantes a respeito da saúde cardiovascular, outro dado chama a atenção: no Brasil, a cada 11 minutos, uma mulher morre vítima de infarto. No ano de 2021, 42.840 morreram acometidas por este evento. Para Giovana, o alto número está relacionado aos cuidados com a saúde: “as doenças cardiovasculares nas mulheres muitas vezes são negligenciadas porque elas se preocupam mais com suas famílias do que consigo próprias”. Outro ponto muito importante são os sintomas: diferente dos homens, muitas vezes os sintomas de infarto nas mulheres são atípicos, como por exemplo:

  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Dor de estômago;
  • Tontura;
  • Sensação de cabeça vazia;
  • Dor mandibular.

Fatores de risco

Além da menopausa, quando o corpo não é mais protegido pelos hormônios estrogênio e progesterona, e a alta taxa de LDL, que já citamos acima, existem alguns fatores de risco que influenciam o infarto entre as mulheres, são eles:

  • Hipertensão arterial;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo;
  • Diabetes;
  • Histórico familiar.

Prevenção

Consultar regularmente o seu médico de confiança é uma maneira eficaz de prevenir quadros de infarto. A cardiologista Giovana Daher comenta: “é necessário que avaliem juntos o melhor caminho para a prevenção, que poderá incluir controle de peso, alimentação balanceada, prática de exercícios físicos de forma supervisionada, cessação do tabagismo e controle da hipertensão e diabetes”.

Quando devo procurar um médico?

Visitar regularmente o seu médico é essencial para garantir que todos os exames estejam em dia. Entretanto, é orientado às mulheres que, caso apresentem sintomas atípicos de infarto, como dor entre a região da mandíbula e do estômago, mesmo que seja definido apenas como um “desconforto”, que procurem avaliação médica.

Cuide do seu coração!

A Neomed se preocupa com o coração das mulheres! A prevenção é sempre o melhor caminho e um diagnóstico rápido e assertivo melhoram as chances de um desfecho positivo para o paciente. 

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Giovana Daher Fagotti é médica cardiologista pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, instituição em que também se especializou em ergometria e reabilitação cardiopulmonar. Atualmente é membro da Neomed e do Corpo Clínico do hospital Sírio Libanês em Brasília, cidade onde reside.

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