Reperfusão no IAM: saiba mais sobre o assunto

reperfusão no infarto agudo do miocárdio

Você já ouviu falar em reperfusão? Quando falamos de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), este termo médico se refere ao processo de restaurar o fluxo sanguíneo para o coração. 

Neste post, você entenderá mais sobre este conceito e os critérios de reperfusão em pacientes submetidos à trombólise. Confira:

O que é reperfusão?

O termo diz respeito à restauração do fluxo sanguíneo após um período de isquemia. Quanto mais cedo acontece a reperfusão, menor é a área de necrose no músculo cardíaco e, consequentemente, melhor o prognóstico do paciente. Quando é bem sucedida, ajuda a prevenir danos permanentes nos tecidos do coração e faz parte do processo para uma boa recuperação do paciente.

Quando estamos diante de um paciente com IAMCSST, a terapia de reperfusão pode ser realizada de duas formas, ou seja, existem duas maneiras de restaurar o fluxo sanguíneo adequado: a terapia trombolítica e a angioplastia primária (ICP primária).

De acordo com as diretrizes atuais, a angioplastia é a opção preferencial, desde que possa ser realizada em tempo hábil. Entretanto, apesar de ser considerada o padrão-ouro da reperfusão miocárdica, está disponível em apenas 15% dos hospitais.

Portanto, a escolha entre as estratégias de tratamento deve levar em consideração a disponibilidade de recursos no hospital onde o paciente está sendo atendido e o tempo de deslocamento para um centro com capacidade de realizar ICP.

Leia também: Trombolítico no IAM: saiba como funciona

Critérios clínicos para a avaliação em pacientes submetidos à trombólise

Para avaliar a reperfusão nos pacientes, é importante analisar alguns critérios:

  • Diminuição súbita da dor torácica;
  • Redução do supradesnivelamento superior a 50%, observado em ECG realizado entre 60 a 90 minutos após administração do trombolítico;
  • Pico precoce de marcadores de necrose;
  • Arritmias de reperfusão.

As diretrizes atuais recomendam que todo paciente seja encaminhado para procedimento de cateterismo, em até 24 horas após a administração do trombolítico, pois isso reduz as chances de reinfarto.

Importância da avaliação para determinar o prognóstico do paciente

A avaliação da reperfusão é crucial para determinar o prognóstico do paciente submetido à trombólise. A reperfusão eficaz pode melhorar significativamente a sobrevida e a qualidade de vida do paciente, reduzindo o risco de complicações e sequelas. Portanto, é importante que os critérios sejam avaliados com precisão e regularidade para garantir o melhor resultado possível para o paciente.

Reperfusão ineficaz: o que fazer?

Quando não se alcançam os critérios de reperfusão, verificados após 90 minutos do início do trombolítico, o paciente deve ser direcionado para a realização de uma angioplastia de resgate, que idealmente deve ser realizada em até 90 minutos.

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