O que é e como é feito o exame MAPA?

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mais de 30% dos brasileiros são hipertensos e, no mundo, a doença é responsável pela morte de 10 milhões todos os anos. Por ser, geralmente, assintomática, a hipertensão provoca disfunções, ao longo do tempo, em órgãos vitais, como coração, rins e cérebro.

O exame MAPA é capaz de oferecer subsídios para uma avaliação ampla da pressão arterial, sendo ideal para o diagnóstico precoce e, consequente, tratamento da hipertensão. Neste artigo, abordaremos o que é e como é feito o exame MAPA, fundamental para diagnosticar a hipertensão arterial e tratar o problema. 

O que é o exame MAPA?

Antes de nos debruçarmos sobre como é feito o exame MAPA, vamos entender o seu funcionamento. MAPA é a sigla de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial. Esse procedimento é realizado de forma indireta e intermitente por 24h.  O principal objetivo do exame é investigar alguma anormalidade na pressão sanguínea.

Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, O MAPA também é ideal para verificar hipertensão em grávidas, idosos, para realizar triagem e segmento na apneia obstrutiva do sono, avaliação de hipertensão em crianças e adolescentes e muito mais.

Para que serve o exame MAPA?

O mapeamento completo da pressão, quando o paciente está acordado e dormindo, possibilita precisão na hora de identificar o problema. 

Além disso, o MAPA também serve para orientar a melhor medicação terapêutica ao paciente que possui hipertensão. Isso porque o teste permite averiguar se os remédios prescritos estão fazendo o efeito desejado quando comparados a exames anteriores que apontavam índices anormais de PA. 

Se os números continuam altos, por exemplo, a partir do MAPA, o cardiologista pode sugerir a troca da medicação ou alternar os horários em que devem ser ingeridos. 

Qual a relevância do MAPA no diagnóstico da hipertensão arterial?

Obviamente, as medições em consultório são essenciais, mas não dispensam um acompanhamento através da monitorização de 24 horas, que dará informações para classificar o grupo de hipertensos ao qual pertence o paciente.

Assim, ele pode receber o tratamento de forma rápida, restabelecendo os valores normais de pressão e reduzindo o risco de lesões em vasos importantes, como a artéria aorta, e a consequente sobrecarga ao coração.

Como é feito o exame MAPA?

O modo como é feito o exame MAPA exige preparação. Os pacientes não podem tomar banho durante as 24 horas do procedimento, nem se exercitar no dia anterior ao exame ou durante a sua realização. O restante das atividades podem ser realizadas normalmente, sem que os resultados sejam comprometidos por isso. 

Assim como o exame Holter, é indicado que o paciente anote os horários das suas atividades e o que estava fazendo naquele momento, uma vez que esse diário pode ser comparado aos resultados do MAPA. 

Como é feito o exame MAPA: passo a passo!

Os profissionais que irão executar esse procedimento tão importante, capaz de identificar problemas graves como a hipertensão arterial, precisam saber como é feito o exame MAPA e seguir um passo-a-passo completo, a fim de não comprometer a qualidade técnica dos resultados e o futuro laudo. 

Os exames mais utilizados são os que empregam o método oscilométrico com manguito aplicado no braço. Durante a colocação dos equipamentos, o profissional de saúde precisa ficar atento, especialmente, ao manguito. É necessário verificar se não há dobras no manguito, uma vez que ele deve envolver o braço de maneira uniforme. Além disso, se o manguito estiver livre, o profissional deve passar o cabo de látex por dentro da camiseta e fixar o aparelho com o cinto na cintura.

Quais as limitações do exame MAPA?

Saber como é feito o exame MAPA inclui ter conhecimento sobre as limitações dele. Apesar de ser muito recomendado, em alguns casos o exame MAPA pode ficar comprometido nas seguintes situações:

  • Braços com dificuldade do ajuste adequado do manguito;
  • Valores muito elevados da PAS;
  • Situações clínicas associadas a distúrbios do movimento, como Parkinson ou arritmias cardíacas (fibrilação atrial, flutter atrial, extra sístoles ventriculares frequentes); 
  • Desconforto do método, principalmente à noite.

Como interpretar o exame MAPA?

O MAPA, como vimos, é um exame que faz medições regulares da pressão arterial (PA) do paciente durante um dia inteiro. Ao final do teste, o médico possui um registro com valores obtidos em atividades diárias do paciente submetido ao procedimento.

A partir desses dados, é possível calcular as médias de pressão arterial, que estão relacionadas à hipertensão e outras doenças. Para confirmar a presença de alguma das doenças, é preciso considerar um conjunto de fatores, como a própria suspeita clínica e o passado de doenças do paciente.

Dessa forma, a informação presente no laudo do exame será o comportamento normal ou anormal da pressão arterial nas 24 horas do procedimento.

Soluções em telelaudos para exames MAPA

A partir da interpretação da variação da pressão arterial durante as 24 horas do exame MAPA, o médico consegue emitir o laudo que ajuda no diagnóstico de hipertensão arterial. No entanto, não são todas as clínicas e hospitais que conseguem ter um cardiologista de plantão para a interpretação e emissão de laudos do exame MAPA.

Nesse cenário, a SBC recomenda o uso da telemedicina para agilizar os diagnósticos, iniciando um tratamento precoce, capaz de reduzir os índices de mortalidade. Segundo as Diretrizes da SBC para MAPA e MRPA, “a telemedicina é um recurso que pode ser amplamente utilizado para avaliação dos dados da MAPA. O sistema permite que o exame seja enviado por via eletrônica e interpretado em uma central por especialistas. Esse procedimento, já amplamente usado em alguns países europeus, está também sendo empregado no Brasil”, discorre o documento.

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REFERÊNCIAS:

  • ALMEIDA, JA. GUIA Prático: Instalação do MAPA. São Paulo: 2021. 2 p.
  • 6ª DIRETRIZES DE MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DA PRESSÃO ARTERIAL E 4ª DIRETRIZES DE MONITORIZAÇÃO RESIDENCIAL DA PRESSÃO ARTERIAL. Sociedade Brasileira de Cardiologia.  ISSN-0066-782X • 110, Nº 5, Supl. 1, Maio 2018. Disponível em:http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2018/01_diretriz-mapa-e-mrpa.pdf. Acesso em: 08 Dez. 2021.

 

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